sexta-feira, 13 de outubro de 2017



Castelo de Marvão [conjunto urbano dentro das Muralhas] - Marvão (Portugal).


Marvão deve o seu nome a Ibn Marwan, figura do Islão peninsular que, pelos anos finais do século IX, aqui se fortificou em discórdia face ao califa. É precisamente desse período que data a primeira referência ao povoado, constante da crónica de al-Rázi, escrita já no século X mas que conserva parcelas dedicadas aos tempos imediatamente anteriores. Aí se menciona que o Monte é conhecido como Amaia de Ibn Maruán, por oposição a outra Amaia, a das ruínas (SIDARUS, 1991, p.13), que deve ser a cidade romana com o mesmo nome, localizada no sopé do monte. Esta referência, que parece corresponder aos anos de 876-877, permite concluir que, já nessa altura, Marvão era um povoado de relevância militar, uma vez que, em outras ocasiões, Ibn Marwan ameaçou retirar-se para o Monte, numa afirmação de revolta militar contra Córdova (IDEM, p.16).
Desconhecemos a marcha da história da localidade nos séculos seguintes, mas é de admitir que tenha perdido importância, dadas as condições de relativa paz no seio do Islão peninsular que, mesmo com o advento das taifas, manteve uma certa homogeneidade nesta zona, polarizada em torno de Badajoz. Saúl GOMES, 1996, p.341, nota 74, admite que aqui se tenha implantado uma importante comunidade moçárabe mas, até ao momento, não existem suficientes provas que confirmem essa hipótese. Só no século XII voltamos a encontrar menções à localidade, numa altura de renovada importância estratégica enquanto ponto militar (BARROCA, 2000, p.1265), entre o avanço do reino cristão de Portugal, a resistência das tropas islâmicas e a proximidade para com Castela. Ainda assim, não se sabe ao certo quando terá sido conquistada, variando os autores entre as datas de 1160 e 1166 (COELHO, 1924, p.73).
O século XIII é mais fértil em informações e delas podemos concluir que, em 1214, pertencia à coroa nacional, aparecendo mencionada na demarcação do termo de Castelo Branco (PERES, 1969, p.281). Em 1226, terá recebido foral das mãos de D. Sancho II, não obstante alguns autores pensarem que o esforço de povoamento (na dependência das exigências militares ditadas pela proximidade da fronteira com Castela) possa recuar ao reinado de D. Afonso II (MARQUES, 1996, p.41). Finalmente, em 1271, D. Afonso III doou a vila a seu filho, D. Afonso Sanches, nobre que constituiu um verdadeiro senhorio fronteiriço na região e que chegou a fortificar-se contra seu meio-irmão, D. Dinis.
Só a partir da recuperação da posse da vila pelo monarca, ocorrida em 1299, se pensa que se iniciou a construção do actual castelo. O facto de encontramos aqui algumas características plenamente góticas parece vir em favor desta hipótese. Do recinto fazem parte dois níveis claramente diferenciados. O primeiro, mais pequeno e no extremo oposto ao da povoação, corresponde ao castelo propriamente dito, com uma entrada em cotovelo protegida directamente pela poderosa e quadrangular torre de menagem, que assim se associa à defesa activa do reduto, apesar da sua escassa altura, (dispondo apenas de dois pisos). Neste nível superior, existe ainda a porta da traição, também protegida por pequeno torreão, e uma cisterna, que SIDARUS, 1991, pp.22-23 admite poder ser ainda islâmica. O recinto inferior é bem mais vasto e possui um amplo espaço para aquartelamento e movimentação de tropas. Aqui, o elemento mais significativo é o complexo sistema de entrada, com tripla porta protegida por outros tantos adarves e por várias torres.
O sistema medieval da fortaleza manteve-se genericamente até ao século XVII, altura em que Marvão viu reforçada a sua importância no quadro das Guerras da Restauração. Sob o impulso do abade D. João Dama, reformulou-se parcialmente o dispositivo, com baluartes estrelados a proteger as principais portas e o extremo da fortaleza. Nessa altura, porém, Marvão possuía apenas 400 habitantes e a relevância da vila não se podia já comparar a Castelo de Vide, onde se concentraram os principais esforços de defesa contra Espanha.
[Fonte: PAF -DGPC, IP].



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Pateira de Fermentelos - Águeda (Portugal).


A Pateira, comummente designada como Pateira de Fermentelos, destaca-se naquele que é o contexto natural regional, nacional e mesmo internacional. Aquela que é a “maior lagoa natural da Península Ibérica” assume grande importância para o equilíbrio dos sistemas naturais da zona, pelo que representa para as populações locais, num contexto natural, socio-económico e turístico, mas também pela importância que assume a nível nacional e internacional, como área sensível e importante zona húmida da REDE NATURA 2000.
É nesta área, bem como nos habitats e ecossistemas associados, que subsistem várias espécies com estatutos de protecção a nível nacional e internacional. Apesar de nos últimos anos ter sido alvo de diversos problemas de cariz ambiental, a Pateira está actualmente em fase de requalificação ambiental e paisagística. 



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Praias com falésias e grutas - Barlavento, Algarve (Portugal).


A zona no Barlavento da orla costeira algarvia é constituída por imponentes falésias e vários algares (abismo natural formado pela acção das águas), por debaixo dos quais existem complexas redes de galerias subterrâneas.
Um bom exemplo deste género de formação é o Algar do Padre Vicente, perto do Carvoeiro, uma enorme cavidade em comunicação com o mar que amplia de forma impressionante o som proferido pelos movimentos das marés.
Em frente a muitas destas arribas, erguem-se de dentro do mar grupos de rochas - os leixões – onde vivem gaivotas e outras aves marinhas como o falcão peregrino e o francelho, espécies residentes nesta zona.
É precisamente entre estas falésias que surgem pequenos, mas aprazíveis vales. São conchas de areia rodeadas pelo ocre de arribas e promontórios onde sobrevivem arbustos e outras plantas selvagens, cujo cheiro se mistura com a maresia.
Algumas destas praias têm ligação entre si através de túneis talhados nos rochedos, como acontece nas praias da Solaria, da Batata, dos Estudantes, dos Três Irmãos e do Alvor.
Umas são recantos tranquilos, pouco frequentados, como é o caso das praias do Camilo, do Canavial, Porto de Mós, João de Arens. Outras são bastante animadas e concorridas, como por exemplo a praia de Dona Ana e a Praia da Rocha. Outras ainda ficam situadas em zonas da falésia constituídas por argilas a que se atribui propriedades medicinais, como acontece com a Praia do Vau.
Uma ampla escolha capaz de satisfazer os amantes de praia que não dispensam as paisagens imponentes.
[Fonte: Turismo do Algarve].



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Praia do Ancão [Ria Formosa] - Loulé, Algarve (Portugal).


A praia situa-se no extremo poente do sistema lagunar da Ria Formosa, já em área de Parque Natural. Apesar de não ser ainda visível espelho de água, são notórias as áreas alagadiças que se encharcam na maré-cheia, cobertas pela típica vegetação de sapal. Para trás fica o bosque de pinheiro manso e sobreiro que coroa as arribas baixas de cores rubras, onde se avistam frequentemente coelhos e as inconfundíveis pegas-azuis. Transposto o sapal abre-se ao visitante uma larga extensão de campos dunares, repleto de plantas aromáticas como o tomilho-carnudo e a perpétua-das-areias. Já na linha das cristas dunares, na frente de mar, é obrigatório apreciar o vistoso narciso-das-areias, a delicada couve-do-mar e o típico cravo-das-areias, que salpicam a duna de branco e cor-de-rosa. Os apoios-de-praia existentes, bem integrados na paisagem, permitem petiscar e simultaneamente contemplar o mar.
[Fonte: Turismo do Algarve].



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Praia da Marinha – Lagoa, Algarve (Portugal).


A Praia da Marinha é uma das mais bonitas e emblemáticas praias de Portugal, considerada, ainda, como uma das 10 mais belas praias da Europa e uma das 100 mais belas praias do Mundo pelo Guia Michelin, tendo chegado inclusivé a ser distinguida com o galardão "Praia Dourada" pelo Ministério do Ambiente, em 1998, devido aos seus valores naturais singulares. Além dessa honrosa distinção, passou ainda a ser a imagem promocional do 'Guia de Portugal' distribuído por todo o mundo.
Esta praia situada no sítio da Caramujeira, em plena zona costeira do concelho de Lagoa, no Algarve, tornou-se bastante conhecida não só pelas suas belas falésias, como ainda pela alta qualidade da água que permite vislumbrar o fundo marinho com uma visibilidade única. A Praia da Marinha tem sido muito utilizada pelas agências de publicidade internacionais e pelas estações de televisão para a gravação de anúncios.



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Casa do Ferreira das Tabuletas [Largo Rafael Bordalo Pinheiro (ao Chiado)] - Lisboa (Portugal).


Construída nos terrenos do extinto Convento da Santíssima Trindade, a Casa do Ferreira das Tabuletas integra um dos mais originais programas decorativos exteriores da arquitectura lisboeta.
Na realidade, foi Manuel Moreira Garcia, dono da Cervejaria da Trindade, galego maçon e capitalista, quem mandou edificar este edifício cerca de 1864, num dos lotes de terreno pertencente à casa conventual dos Trinos, que haviam sido vendidos em hasta pública após a extinção das ordens religiosas em 1834.
Depois da construção, o proprietário contratou o pintor e azulejador Luís Ferreira, o Ferreira das Tabuletas, para decorar a fachada do prédio e também o interior da cervejaria, instalada no edifício contíguo. Este programa decorativo compõe-se como um esquema cenográfico, que dá uma dimensão de profundidade e riqueza cromática ao edifício.
O prédio, de feição pombalina, apresenta a fachada dividida em três panos e quatro registos, e a composição azulejar preenche o espaço dos três pisos superiores por completo, integrando-se perfeitamente na estrutura arquitectónica.
O programa decorativo congrega os símbolos maçónicos, ligados aos ideais do proprietário, com diversas alegorias. Entre as janelas rasgadas na fachada - três em cada piso, dispostas a espaços regulares - foram pintados nichos com figuras humanas de gosto clássico, representando a Terra, a Água, a Indústria, o Comércio, a Agricultura e a Ciência. Nos extremos da fachada, em eixo, dispõem-se medalhões circulares com cabeças de leão, sendo este o símbolo heráldico de Moreira Garcia. No frontão da fachada foi colocado, ao centro, o Olho da Providência, envolto por cornucópias, frutos e enrolamentos de acanto. O espaço interior da casa segue a tipologia pombalina.
Catarina Oliveira
[Fonte: DIDA/IGESPAR, I.P.].



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Montanha do Pico - Ilha do Pico, Açores (Portugal).


A Montanha do Pico é um estratovulcão que, com 2351 m de altitude, constitui a mais alta montanha de Portugal. Fica na ilha do Pico, nos Açores. A sua altitude é mais do dobro da de qualquer outra montanha dos Açores. É também o ponto mais alto da dorsal meso-atlântica, embora existam pontos mais altos em ilhas atlânticas, mas fora da dorsal. Medido a partir da zona abissal contígua, o edifício vulcânico tem quase 5000 m de altura, quase metade submersa sob as águas do oceano Atlântico.
[Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre].



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